terça-feira, 17 de novembro de 2015

Os ''mistérios'' da arte de alfabetizar.




                                                             Alfabetizar:
                             ''Alfabetizar é acender uma luz que jamais será apagada.
                              É iluminar um futuro próximo e também distante.
                              É deixar uma marca útil que se eternizará.
                              Alfabetizar é mais uma forma de amar...''
                                                                                 Augusta Schimidt



     Enfim, quantas aprendizagens vimos neste semestre referente a interdisciplina Fundamentos da Alfabetização. Como me sinto feliz em olhar essa pequena estrada percorrida e ver como meus conceitos quanto alfabetização mudou. Confesso que, ver mais a fundo as teorias de Emília Ferreiro, juntamente com Ana Teberoski, me fez desvendar as inúmeras hipóteses até acontecer a alfabetização. Através da psicogênese da língua escrita, vimos o quão importante são essas descobertas. Como vimos, estas nos facilitam na prática de sala de aula, pois reconhecemos o grau que nosso aluno se encontra, uma vez que a alfabetização e o conhecimento se trata de um processo. Com certeza, isso influenciará minha maneira de dar aula, pois começarei a valorizar mais os avanços que meu aluno dá, dando constante atenção a isso, e não apenas no resultado final.
   Através das aulas explicativas da professora Rangel, em sua maneira autêntica de nos mostrar como é difícil a decodificação da língua escrita para as crianças, foi nos dado um alfabeto em árabe. Conseguimos na prática perceber o quão pacientes devemos ser com nossos pequenos, pois foi muito difícil para nós adultos darmos seguimentos as atividades em árabe.
   Pude perceber então, que o verdadeiro construtivismo, ou o ambiente pedagógico ideal para Emília Ferreiro, seria uma sala de aula com muitos tipos de jogos. Conseguimos confeccionar alguns durante esses meses. Também, estes não devem ser jogados por jogar, mas antes serem usados com o intuito de ''DESAFIAR'' os alunos para que estes construam seu próprio conhecimento ou aprendizagem.
    Foi muito legal também saber, que o processo de alfabetização se inicia por volta dos quatro meses de idade, e que quanto mais for trabalhado e fornecido materiais para este bebê, isso terá grande repercussão na fase escolar, propriamente dita. Como é importante o uso de livros e materiais deste tipo desde a tenra idade.
  Foram muitas vivências, participações, experiências enriquecedoras para mim. Como coloquei ali em cima os dizeres de Augusta S., a alfabetização é um momento único na vida de qualquer ser. É realmente uma forma diferente de AMAR.  Nada se compara, nenhuma alegria maior de saber que fomos os responsáveis por determinada criança não ser um analfabeto.. Isso é um privilégio. Como apaixonada pela arte de ensinar, quero muito, cada vez mais marcar mentes e corações, sob essa nova forma de alfabetizar, e na certeza de fazer o meu melhor e ser partícipe de algo que se eternizará!!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O essencial é invisível aos olhos....

               
                                                
               ''São tantas imagens que não vemos mais nada, apenas absorvemos. Não pensamos mais a respeito do que estas nos dizem. Passamos batido por tudo e compramos como mercadoria barata, maneiras de ser e agir expressos nestes artefatos.''
                                                                         (Retratos de uma Infância Contemporânea-2015)

               É a cada dia me pergunto: '' Onde está nossa essência? Em que local ela se perdeu? Por que deixamos chegar ao ponto de não valorizar mais nossos objetos, pessoas e sentimentos? Como disse a autora acima citada, não vemos mais nada, apenas absorvemos. É tanta rotatividade, lucro e descartabilidade, que já não sabemos mais dar valor a nada. Isso acontece não apenas nos inúmeros produtos de uma prateleira de supermercado, mas acontece em nossos relacionamentos pessoais. Acontece também quando desvalorizamos o corpo que nos foi dado, e partimos na busca impensada pelo corpo perfeito.
            Sem nos aperceber, nos auto mutilamos em aceitar o que a mídia nos impõe. Achamos que o TER é fundamental. Compramos TUDO apenas para seguir a maioria. Fazemos de tudo para vivenciar não apenas uma ''infância soft'', mas ouso dizer que este termo se aplica a outras etapas da nossa vida, inclusive ao adulto. Sim a busca pela beleza, aceitação e admiração é o que move a maioria das pessoas, em especial as meninas.
           Já não possuímos mais relacionamentos como antigamente. Dependendo das circunstâncias, as próprias amizades são vistas como ''mercadoria baratas'', pois em tudo parece haver algo ou alguém tirando vantagem. Muito triste tudo isso!
          Essa é a visão que eu tenho. Sim a evolução de uma infância ocorreu, mas como educadora não consigo ser conivente com tantas coisas que presencio. E como tal, tentarei fazer meu papel, de mostrar a grande veracidade que Saint Exupery nos ensinou: ''o ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS''. Talvez aí que nos perdemos, queremos muitas coisas, mas esquecemos que ''POUCAS COISAS NOS SÃO NECESSÁRIAS''.