domingo, 26 de abril de 2015

Aspectos Culturais e Escola

                                                           Escola e Cultura

    Quantas reflexões possuo essa semana após ler e assistir o material da interdisciplina '' Escola, Cultura e Sociedade''. Achei as leituras um tanto complicadas, pois ali consta inúmeros autores e idéias que para mim são muito novas. Mas após abrir a mente para tentar compreender o material estudado, muitas idéias e reflexões agora tenho a lhes passar.
     Sabemos que a escola é um local importantíssimo para as interações sociais. É ali que as primeiras amizades serão feitas, as primeiras disputas serão resolvidas, enfim é ali que os primeiros laços serão estabelecidos. Talvez nós que fazemos parte desta comunidade, não nos damos conta de quão importante é esse espaço no que diz respeito a influência cultural para os demais que ali pertencem (no caso alunos).
     Precisamos fazer deste espaço um lugar mais aberto ao diálogo, as discussões. Um lugar que forme seres pensantes. Seres que acreditem num lugar melhor. Precisamos mudar nosso dia dia de sala de aula. Quando falamos em mudar, quero dizer, parar de centrar nossa atenção apenas no conteúdo e nas notas.
     Nossos alunos se encontram em pleno processo de desenvolvimento físico, mental, cognitivo e social. Precisamos então, com urgência, rever nossa prática pedagógica.... Propor debates, feiras, atividades que desenvolvam o senso crítico dos alunos e façam eles adquirir opinião própria. Precisamos formar PENSADORES  e não REPRODUTORES de um Sistema.
     Ao pensar nisso e rever minha prática pedagógica, chego a conclusão que de por vezes trabalhamos a influência cultural de povos apenas em datas relacionadas a isso. E como sabemos, passamos o saber superficialmente. Podemos salientar aqui, o Dia do Índio, quão grande a riqueza cultural deste povo, porém, lembramo-nos de falar deles em aula somente nos dias que antecedem o 19 de abril, e muitas vezes passamos a impressão aos alunos, de um povo simples que não progrediu social, profissional e tecnologicamente. Que erro que nós docentes cometemos ao fazer isso!
     Ao falarmos nos aspectos culturais e na multiculturalidade de nosso país, sabemos que convivemos em uma sociedade que vive em harmonia dentro do possível, porém o preconceito está ''entrincheirado'' dentro dela.  O ''diferente'', é visto e excluso. Ao pensar no que é ser diferente, falo do que a mídia coloca como estereótipo de exemplo. Dentro desses, falo do gordo, do negro, do estrábico, e assim por diante. Fala-se muito em igualdade, mas pouco se faz para ter condições iguais a todos. Infelizmente até hoje presenciamos o ''racismo escondido''. Dentro das escolas, faz-se a campanha contra o ''bulling'', mas sabemos que desde muito cedo esses comportamentos fazem-se presentes.
     Graças a ''minoria excluída'', existem grupos que desejam o reconhecimento de sua identidade, direitos e dignidade. Não apenas querem ser reconhecidos mas lutam por isso. Acredito que, se essa temática for trabalhada nas escolas desde cedo, não apenas com os alunos, mas também com a comunidade, muita coisa seria aos poucos mudada. Presenciamos nas aulas de faculdade, temas polêmicos, que são analisados, pesquisados e discutidos. Nas escolas públicas, discussão e opinião não fazem parte dos conteúdos, e por isso não são esmiuçados.
    Resumidamente, precisamos o quanto antes mudar. Não o aluno se adaptar a escola. Mas sim, a escola de adaptar ao aluno.  Precisamos rever o aluno que está em nossa comunidade escolar. Precisamos querer mudar nossa forma de dar aula. Mas enfim, precisamos ACREDITAR nessas mudanças e QUERER fazer diferente. Numa das citações do polígrafo, diz que '' somos agentes revolucionários''... Revolução..Nossa EDUCAÇÃO COMO UM TODO PRECISA SER REVOLUCIONADA... Porém precisamos juntar forças para que isso aconteça!
   
   

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