Que tipo de cidadão EU quero formar? Confesso que após ler e assistir o material desta semana, essa pergunta me soou diferente.
Ao analisar os diferentes modelos pedagógicos e epistemológicos percebemos o quanto precisamos reavaliar nossas práticas constantemente.
Estamos no século XXI, e ainda se faz presente em nossas escolas por parte de alguns professores, aulas dadas de maneira pronta, com cópias e mais cópias, gritos e regras abundantes. Para tais professores o aluno ''é um nada'', por assim dizer. O aluno é uma folha em branco, frente a cada obstáculo de sua vida.
Além de tudo que já foi falado, sob essa epistemologia aqui dito ''empirismo'', nada de criativo e de curioso acontece. Com certeza, afirmo que muitos colegas, mesmo que de maneira inconsciente dão suas aulas dessa forma. Lamentável, pois como sabemos, o futuro dessas crianças depende de uma nova linha pedagógica. Pois como queremos mudanças sociais, políticas e econômicas, se não formarmos seres pensantes, questionadores, capazes de transformar suas realidades?
Em contrapartida, o ''apriorismo'' segue sua linha epistemológica totalmente contrária a anterior mencionada. Se sob a linha anterior o professor era o ''dono da verdade'', o único que passava o conhecimento, e ao seu ver o aluno não passava de uma ''tábula rasa'', agora sob essa nova abordagem, o professor acredita que seu aluno já nasce com conhecimento. Para tanto, interfere o mínimo possível em suas aulas, pois estando ali ou não o aluno aprenderá igual.
Com certeza, essa tendência deixa a desejar, porque na verdade, o professor acaba não fazendo o seu papel de interferir no processo de aprendizagem do aluno. E é difícil compreender em que sentido ''ensinar prejudica o aluno'', como essa tendência defende.
E o que falar do Construtivismo ou Pedagogia Relacional? Com certeza, até o presente momento, essa se torna a ''pedagogia ideal''. O que podemos esperar de uma sala de aula, do dia dia de um professor construtivista?
Pois bem, primeiramente o professor levará algum material de maneira prévia, com o intuito de que seu aluno interaja com este material. Na verdade, sob esta perspectiva segue-se a linha de Piaget: assimilação, equilibração e acomodação.
Enfim, sob o construtivismo professor e aluno irão construir juntos o seu conhecimento, pois este conhecimento não tem fim. Aprendemos a todo instante. A todo momento-até o final de nossas vidas.
Também o autoritarismo e a preocupação excessiva com conteúdos não se faz presente por parte dos professores construtivistas, pois estes sabem que somente a CONSTRUÇÃO do conhecimento deverá ser valorizada a todo instante.
Ao analisar estes três modelos pedagógicos e epistemológicos, não me convém julgar cada um deles. Mas uma verdade precisa ser compartilhada: se almejamos mudanças futuras, precisamos rever nosso espaço escolar hoje. Como formaremos seres pensantes, questionadores se não os propiciamos isso?
Quanto a mim Karina, quero a cada dia melhorar minha qualidade de ensinar. Quero sim, formar cidadãos do bem, capazes, pensantes, questionadores, curiosos. Porém sabemos que a união faz a força, por isso acredito que juntos TODOS de nossa classe precisamos refletir nessa frase: '' Por uma educação que ajude a PENSAR, e não nos ensine OBEDECER.'' Simples assim. No dia em que TODOS como classe unida, pensarmos e agirmos com o mesmo objetivo, chegaremos em nosso ideal de não apenas transmitir o mínimo de conhecimento, mas permitir que nossos alunos se tornem autores de suas próprias histórias!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário