sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Brincar na Escola



     Conforme vimos no vídeo Caramba, Carambola, o ato do brincar é extremamente importante para as fases de educação infantil e séries iniciais. Para as crianças, o brincar é uma forma de linguagem  que expressa para a criança estar no mundo. Através deste ato, a curiosidade e a aprendizagem serão instigados. A ideia de que para estarmos concentrados devemos estar quietos, está retrógrada, pois como sabemos, não pensamos apenas com um cérebro, mas devido nossa corporeidade, somos e pensamos com um corpo inteiro.
     Para as crianças então, é vital que experimentem o seu mundo. Dar liberdade. Abrir espaços dentro da escola para que aja a interação dos diferentes grupos, nos seus diferentes espaços. Precisamos nos desvincilhar de ''nossa cultura educacional engessada'', onde a alguns anos atrás não eramos permitidos brincar. Isso não era valorizado no ambiente escolar, pois a escola era lugar individualista- servia apenas para ler e escrever.
    Ser criança é privilégio! Ser criança é brincadeira! Que possamos valorizar essa etapa tão importante, e permitir que nossos alunos experimentam seu mundo com alegria e satisfação...

A escola dos sonhos....

                                                   


         Me pego neste momento pensando como seria a escola que desejo ver meus netos estudando daqui trinta ou quarenta anos. Com certeza seria uma escola bem diferente das que presenciamos hoje.
        Snyders já falava em uma ''escola alegre''. Sim uma escola que abrisse caminho para que tudo acontecesse diferentemente do que hoje é visto como normal.
       A escola que sonho para os meus netos, seria uma escola pública em que houvesse possibilidades iguais para todos. Um lugar agradável de se estar. Onde o autoritarismo, a repetição mecânica de conteúdos e a cultura massante não se fariam presentes. Um lugar que ensinasse que a cultura social deve ser modificada sempre que houver necessidade.
     Este lugar se tornaria não um local de enclausuramento, que fecha paredes e tranca idéias; mas ao contrário, janelas seriam abertas a todo momento, asas seriam dadas a imaginação e a fantasia daria lugar a esperança e a oportunidade de concretizar dias melhores.
    Sim, tecnologia e artes seriam vistas sob um novo enfoque. Liberdade, autonomia- formação constatante. Transformar seres dispostos a transformar realidades. Seres que interfiram, acreditam e façam mudanças sem temer represálias.
    Sonhar...EIS O DEVER DE NÓS MORTAIS... E agora cabe a mim, tentar fazer minha parte para que este sonho um dia se torne realidade, e que consigamos almejar uma nova escola, onde a alegria por parte do aluno irradie a outros em sua volta!!
























































































































































































































































































































































































































































































































terça-feira, 17 de novembro de 2015

Os ''mistérios'' da arte de alfabetizar.




                                                             Alfabetizar:
                             ''Alfabetizar é acender uma luz que jamais será apagada.
                              É iluminar um futuro próximo e também distante.
                              É deixar uma marca útil que se eternizará.
                              Alfabetizar é mais uma forma de amar...''
                                                                                 Augusta Schimidt



     Enfim, quantas aprendizagens vimos neste semestre referente a interdisciplina Fundamentos da Alfabetização. Como me sinto feliz em olhar essa pequena estrada percorrida e ver como meus conceitos quanto alfabetização mudou. Confesso que, ver mais a fundo as teorias de Emília Ferreiro, juntamente com Ana Teberoski, me fez desvendar as inúmeras hipóteses até acontecer a alfabetização. Através da psicogênese da língua escrita, vimos o quão importante são essas descobertas. Como vimos, estas nos facilitam na prática de sala de aula, pois reconhecemos o grau que nosso aluno se encontra, uma vez que a alfabetização e o conhecimento se trata de um processo. Com certeza, isso influenciará minha maneira de dar aula, pois começarei a valorizar mais os avanços que meu aluno dá, dando constante atenção a isso, e não apenas no resultado final.
   Através das aulas explicativas da professora Rangel, em sua maneira autêntica de nos mostrar como é difícil a decodificação da língua escrita para as crianças, foi nos dado um alfabeto em árabe. Conseguimos na prática perceber o quão pacientes devemos ser com nossos pequenos, pois foi muito difícil para nós adultos darmos seguimentos as atividades em árabe.
   Pude perceber então, que o verdadeiro construtivismo, ou o ambiente pedagógico ideal para Emília Ferreiro, seria uma sala de aula com muitos tipos de jogos. Conseguimos confeccionar alguns durante esses meses. Também, estes não devem ser jogados por jogar, mas antes serem usados com o intuito de ''DESAFIAR'' os alunos para que estes construam seu próprio conhecimento ou aprendizagem.
    Foi muito legal também saber, que o processo de alfabetização se inicia por volta dos quatro meses de idade, e que quanto mais for trabalhado e fornecido materiais para este bebê, isso terá grande repercussão na fase escolar, propriamente dita. Como é importante o uso de livros e materiais deste tipo desde a tenra idade.
  Foram muitas vivências, participações, experiências enriquecedoras para mim. Como coloquei ali em cima os dizeres de Augusta S., a alfabetização é um momento único na vida de qualquer ser. É realmente uma forma diferente de AMAR.  Nada se compara, nenhuma alegria maior de saber que fomos os responsáveis por determinada criança não ser um analfabeto.. Isso é um privilégio. Como apaixonada pela arte de ensinar, quero muito, cada vez mais marcar mentes e corações, sob essa nova forma de alfabetizar, e na certeza de fazer o meu melhor e ser partícipe de algo que se eternizará!!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O essencial é invisível aos olhos....

               
                                                
               ''São tantas imagens que não vemos mais nada, apenas absorvemos. Não pensamos mais a respeito do que estas nos dizem. Passamos batido por tudo e compramos como mercadoria barata, maneiras de ser e agir expressos nestes artefatos.''
                                                                         (Retratos de uma Infância Contemporânea-2015)

               É a cada dia me pergunto: '' Onde está nossa essência? Em que local ela se perdeu? Por que deixamos chegar ao ponto de não valorizar mais nossos objetos, pessoas e sentimentos? Como disse a autora acima citada, não vemos mais nada, apenas absorvemos. É tanta rotatividade, lucro e descartabilidade, que já não sabemos mais dar valor a nada. Isso acontece não apenas nos inúmeros produtos de uma prateleira de supermercado, mas acontece em nossos relacionamentos pessoais. Acontece também quando desvalorizamos o corpo que nos foi dado, e partimos na busca impensada pelo corpo perfeito.
            Sem nos aperceber, nos auto mutilamos em aceitar o que a mídia nos impõe. Achamos que o TER é fundamental. Compramos TUDO apenas para seguir a maioria. Fazemos de tudo para vivenciar não apenas uma ''infância soft'', mas ouso dizer que este termo se aplica a outras etapas da nossa vida, inclusive ao adulto. Sim a busca pela beleza, aceitação e admiração é o que move a maioria das pessoas, em especial as meninas.
           Já não possuímos mais relacionamentos como antigamente. Dependendo das circunstâncias, as próprias amizades são vistas como ''mercadoria baratas'', pois em tudo parece haver algo ou alguém tirando vantagem. Muito triste tudo isso!
          Essa é a visão que eu tenho. Sim a evolução de uma infância ocorreu, mas como educadora não consigo ser conivente com tantas coisas que presencio. E como tal, tentarei fazer meu papel, de mostrar a grande veracidade que Saint Exupery nos ensinou: ''o ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS''. Talvez aí que nos perdemos, queremos muitas coisas, mas esquecemos que ''POUCAS COISAS NOS SÃO NECESSÁRIAS''.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O DIA 15 DE OUTUBRO....

                                             Dia do Professor-15/10/2015

        Começo minhas reflexões nesta semana, mostrando o vídeo ao lado: ''Tudo depende de mim''.

   



             Atrasada!
             Decidi fazer este post, pois falar sobre essa data é realmente um privilégio, porém como todo bom professor o atraso faz parte de nossa rotina.
             O que posso falar sobre o dia de hoje? Confesso que, nossa trajetória quais educadores, tem sido marcadas por dias de luta e glória...Ando desmotivada! Sabe aquela sensação de remar, remar e remar. e mesmo assim sentir que não se sai do lugar?Pois bem me sinto bem assim!!
            São tantas desilusões, problemas para resolver, que acabamos nos sentindo fracas e sem chão. Nós professores, somos educadores, psicólogos, médicos, bombeiros, dentistas, amigos, confidentes, e adquirimos muitas vezes o papel de pai ou mãe ara impor limites. Resolvemos todos problemas que aparecem na nossa frente, mas e quem nos ajuda a resolver os nossos frente as dificuldades em sala de aula? É, a vida do professor mudou! Apesar do constante esforço, não recebemos o mérito devido, o agradecimento e a ajuda merecida...
           Saber que desenvolver meu papel frente aos alunos da melhor maneira possível,é muito bom. Ser protagonistas em plantar sementinhas e sonhos é realmente maravilhoso! Mas me sinto desmotivada, e querendo ou não pensando no dia de hoje como uma data especial, não tem como não vir a tona o turbilhão de emoções que vivo em sala de aula. Sabe, me dói muito, ver crianças que estão no seu processo de desenvolvimento fadadas ao ''erro''. Vejo adolescentes sem o mínimo de vontade e disposição em aprender. Vejo rebeldia sem causa aparente, brincadeiras de péssimo gosto e crianças que não estão dispostos a absolutamente NADA!
          Isso realmente é desmotivador! Já não bastasse isso, o que falar dos parcelamento de salários que a classe pública dos professores passaram a meses atrás? Isso foi humilhante. Como ter satisfação e alegria frente a todos estes episódios? Apesar disso, ainda continuo na busca de respostas e na esperança de novas realidades!
         E as escolas sucateadas que estamos inseridos e perceber que que pouco se faz em favor de nosso Brasil. Dói perceber  que muitos de meus colegas professores estão assim como eu, sem vontade e desacreditados. Dói perceber que a cada dia que passa estamos mais longe de um ideal no que se refere a educação.
        Hoje estou  tomada por este sentimento de desilusão. Ao mesmo tempo, acabei de assistir este vídeo que coloquei aí em cima. Depende de mim, continuar com este sentimento ruim, ou lembrar de alguns alunos que brilham com cada proposta e descoberta feita. Fico pensando nos corações que consegui marcar para o bem. Acredito que ao longo de minha jornada consegui sim fazer isso... E lembrar disso me faz sorrir, ou seja nem tudo está perdido.. Somente um novo amanhecer ou copo de água com açúcar para acalmar e pensar nos momentos bons desta caminhada enquanto PROFESSORA!!
       
       

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Eis a Escola...

                                               EIS A ESCOLA...
                        Esta semana ao abria Zero Hora, me deparo com a foto abaixo....
       Confesso que esta foto me chocou muito, pois como todos sabemos a situação na Síria está muito difícil devido a guerra. Porém apesar de tudo nos deparamos com esta cena. Uma menina indo para escola.
       Na minha última postagem, mencionei que o espaço escola estava com seu papel distorcido, pois como já falado por anos ela, se tornou local de enclausuramento. Mas esta foto apenas reacendeu em mim, o que foi falado em aula, precisamos da utopia: da esperança, crença, da profissionalidade do professor. Precisamos por estas crianças, SOFREDORAS acreditar e fazer tudo diferente.
       Graças a Deus, uma guerra propriamente dita, não temos aqui no Brasil, porém a criminalidade, injustiça, violência verbal e doméstica, disputas por pontos de droga e corrupção acompanham nossas crianças a todo momento.
      Precisamos DIAS MELHORES. Vivemos esperando por momentos de paz. Por nossos pequenos e futuros cidadãos, queremos fazer uma NOVA ESCOLA. Uma escola aberta ao convívio, a liberdade do ir e vir, a diversidade e o respeito ao todo. Uma escola onde se tenha tranquilidade e que o estudar seja prazeroso.
     Quantas meninas sírias tenho em minha escola? Quantas meninas vítimas de abuso físico e verbal tenho em minha sala de aula? Crianças vítimas do medo, da insegurança, da dor de não ter ninguém por elas? Como ser indiferente a esta fotografia? Como educadora e apaixonada pela arte de educar, não tem como não me emocionar com isso. Nos olhares puros e sinceros de uma criança, percebemos a vontade da mudança. Precisamos nos questionar e agir, pois apesar da dificuldade, ''apesar de tudo, o caminho da escola ainda é o procurado''.
     Eis o papel da escola.... Semear sonhos de dias melhores, e claro receber de braços abertos e com uma nova visão estes seres que buscam e querem uma nova forma de viver o futuro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Escolarização sob Perspectiva Histórica...

                                                            Pensando no Espaço Escola



     Após nossa última aula da disciplina de Escolarização, quantos questionamentos, indagações, reflexões, e principalmente vontade de fazer diferente.
     Ao assistir o clipe acima e pensarmos juntamente no texto trabalhado em aula Maquinaria Escolar, quanta semelhança, ou quanta coincidência com os nossos dias, com as nossas escolas.
   
    Certo autor, muito sábio em suas palavras nos afirma: ''A escola substituiu a aprendizagem.como meio de educação. Isso quer dizer que a criança deixou de ser misturada aos adultos e de aprender a vida diretamente, através do contato com eles. A criança foi separada dos adultos e mantidos a distância numa espécie de quarentena, antes de ser solta no mundo. Essa quarentena foi a escola, o colégio... Começou então o enclausuramento das crianças...que se estenderia até nossos dias, ao qual se dá o nome de escolarização.'' Não seria o local escola, muitas vezes um local de enclausuramento? Infelizmente, através do que presenciamos dentro de um contexto histórico social, a escola é vista como um lugar que ''FECHA PAREDES'' e ''FECHA IDÉIAS''. Será que o papel da escola não estaria distorcido?
     Percebemos que a escola faz apenas a representação de um Sistema.  ''Mãos invisíveis'', como que manipulam o professor , e este acaba não tendo a força suficiente para a transformação. Eis que neste momento me pergunto: ''De que forma criar novos modelos se somos frutos desta mesma maquinaria???''.
     A escola desde os primórdios é ''tudo igual''. A escola serve para moldar, proteger, ''doutrinar'' quem sabe? Obedecer a autoridade é  sua marca registrada.
     Como sabemos, devido a influência da igreja, a escola serviu para isso ''doutrinar os menos favorecidos''. Enquanto os abastados e a burguesia tinham uma educação para possuir cargos importantes, os pobres eram doutrinados para obedecer e ser mão de obra barata.
     Isso mudou? Infelizmente não! Embora a educação expandiu muito nos últimos anos, a classe popular tende a estudar em escolas públicas com seu ensino de segunda linha, como assim é visto. Por que ainda possui-se essa visão, se na grande maioria os professores da mesma escola privada são os da escola popular? Infelizmente, isso acontece pela ambiguidade deste local. Querendo ou não, o Sistema tem por finalidade, formar os seres da classe popular- inoperantes, fechados- reprodutores das mesmas idéias e atitudes.
    Outra grande questão é que, não possuímos ESPECIALISTAS no campo educação. Avançamos no que se trata de sindicatos e tal, porém ouso aqui falar que em nossa categoria falta ética, força de vontade, ir todos como grupo em busca de um único objetivo. Somente assim conseguiremos fortalecer essa classe de profissionais tão desfavorecida profissionalmente.
    Quanto mais penso e reflito, mais percebo que mudanças são necessárias... Mas algo me diz que estamos muito longe  de uma ''melhoria notável''. Mas 'bora lá', pois como diz Renato Russo: ''Quem acredita sempre alcança''.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Memórias


                                                           Falando de Memórias.....

     
                                     
       Nossa primeira aula foi muito cativante, pois vimos o quão importante são as nossas memórias. Os atos de lembrar e esquecer fazem parte da construção de nossas identidades, autonomia e assim por diante.
       Ao pensar em minhas memórias quantas coisas para escrever. Ao lembrar de tudo que vivi, sofri e passei, lembro-me das alegrias e ensinamentos que tive, ou seja, o amadurecimento que obtive ao longo dos anos.
       Isso nos faz perceber que nossa memória nunca é estável. O que vivemos no passado não conseguimos mudar, porém,poderá mudar nossa visão quanto ao futuro.
       Para que nossas lembranças ocorram, fica evidente que as relações que construímos são essenciais. Em cada objeto, história, fotografia e pensamentos, evidencia-se nosso ciclo de convivência. Algumas de nossas memórias então, podem nos arremeter boas sensações e outras nem tão boas assim.
       Talvez o grande aprendizado já desta primeira aula, é que percebendo o presente e o interrogando, conseguimos lembrar e compreender nosso passado.
       Trazendo isso para nossa realidade escolar, e para compreender o processo histórico- social deste espaço ESCOLA, precisamos QUESTIONAR o que este lugar traz de bagagem de muitos anos e sua influência perante nós alunos e professores.
       Com certeza a partir do momento que questionarmos nosso presente- nossa escola hoje, conseguiremos desvendar as memórias que ela traz consigo!!!

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domingo, 6 de setembro de 2015

Os medos de Uma Infância....

  ''Toda manhã a menina metia-se no casaco de medos que usava desde pequenina e que foi crescendo com ela. E saía pelas ruas coberta de medos.
MEDO da solidão
MEDO que não a queiram.
MEDO que a queiram.
MEDO de voar.
MEDO de afogar-se.
MEDO de sentir-se perdida.
MEDO que tudo mude.
MEDO que tudo continue igual. Igual, igual, igual...
MEDO do futuro.
MEDO de repetir o passado.
MEDO de não avançar.
MEDO de dar um passo.
MEDO dos outros.
MEDO dela mesma.
  O casaco ficou pesado demais e ela já não conseguia sair a lugar nenhum. Então encheu-se de coragem e resolveu livrar-se dele!
E voou... Para a lagarta pode ser o fim do mundo, para o resto do mundo pode ser uma linda borboleta....''
                                                                      ELENA FERRÁNDIZ

                                                AS CRIANÇAS E SEUS MEDOS

     Quantas reflexões nestas poucas frases deste riquíssimo livro. O medo nos aprisiona, não nos permite sonhar, viver, mudar e transformar.
     Chega a ser engraçado pensar que medos geralmente nos são impostos e transmitidos na infância. ''Pupa'' uma menina pequenina foi crescendo com seus medos. Muitas vezes, nós pais, educadores e professores com ótimas intenções super protegemos nossos pequenos, não os permitindo viver. Não os permitindo descobrir, por si só as surpresas da vida. Inculcamos neles medos, começando pelo famoso: ''se você não se comportar um monstro vai te pegar''. Por que fazemos isso? Por que sermos tão hostis com esta faixa etária tão aberta aos sonhos? Por que é tão difícil para nós adultos mostrar a realidade sem colocarmos medo? Será que esquecemos que o futuro de uma ''mente medrosa''- ou de um ''casaco pesado'' será insegurança e infelicidade na vida adulta?
     Realmente nós pais e educadores, precisamos repensar nossas ações diárias quanto a este assunto.  Precisamos rever nosso conceito  do que é ser criança e do que é permitir vivenciar a infância dos nossos. E melhor, nos questionar o que realmente é infância. Sim, pois o conceito desta palavra evoluiu. A infância que eu vivi há vinte cinco anos atrás, as brincadeiras que brinquei, a educação que recebi, as orientações que meus pais tão incansáveis me davam NÃO SÃO AS MESMAS QUE AS NOSSAS CRIANÇAS VIVENCIAM E RECEBEM HOJE.
     Presenciamos hoje uma realidade bem diferente de tempos atrás. Certamente o mundo mudou, o ''medo'' nos cerca, porém não podemos permitir que este exerça total influência em nós, afim de vestir  nossas crianças com este casaco pesado. Pelo contrário, precisamos incentivar elas a voar, mudar, avançar, acreditar no próximo e principalmente acreditar nela mesma e em seu potencial. Apenas com este incentivo,  e com a certeza de que acreditamos nestes pequenos seres, podemos quem sabe um dia ver ADULTOS MELHORES, MAIS HUMANOS E SEGUROS, FAZENDO DA PUREZA DE SUA INFÂNCIA AS SUAS ATITUDES DIÁRIAS!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Parte Oral

                                            Reflexões sobre Apresentação Oral

     E então chegou o grande dia! Misto de medo, alegria e ansiedade. Estes três sentimentos misturados, pois como já mencionado, não tínhamos a mínima ideia do que realmente era a tal apresentação. Na verdade, alguns nem se quer conheciam os professores que fariam parte da Banca ( como no meu caso, por exemplo). Ao mesmo tempo, Ao mesmo tempo, a alegria neste dia tomou conta de meu coração, pois o primeiro semestre deste ano foi muito, mas muito conturbado- desafiador, mas consegui superar e concluir.
     Pois bem, a maior aprendizagem deste workshop- parte oral- foi manter a calma e controle emocional diante das ansiedades.Falar em público, foi difícil para mim, pois as emoções vieram á tona ao lembrar-me dos detalhes que me acompanharam durante o decorrer destes meses. Confesso que, o choro foi incontrolável nos primeiros dois minutos de apresentação. Neste momento então, percebi a compreensão, coleguismo de meu colegas de sala. Percebi então, que todos estavam ali com o mesmo objetivo: TROCAR CONHECIMENTO E DAR O SEU MELHOR.
    Foi muito animador perceber que ninguém  ali queria ''ferrar'' seu colega, por assim dizer. As perguntas feitas ao final de cada apresentação, foram lógicas e objetivas, com o intuito de ajudar-nos na conclusão de nossa apresentação e não no intuito de piorar nosso nervosismo.
    Pensando no antes da apresentação, tive que pedir auxílio da tutora Maria Del Carmen, pois eu não sabia realizar o power point. Colocar nos dez slides, tudo o que estudamos foi complicado, mas consegui! No momento da apresentação, falar com alguém cronometrando seu tempo, é ''xarope'', mas no fim tudo deu certo!!!
   Este método diferente de avaliação, foi o primeiro de uma série que virão ainda a frente.Através deste, ficou claro seu objetivo: trocar experiências e aprendizagens. Como diz uma certo ditado:'' NENHUM DE NÓS É TÃO BOM QUANTO TODOS NÓS JUNTOS''. Realmente,  é nesta ''troca'' que chegaremos algum dia na sabedoria que tanto almejamos....









































































sábado, 29 de agosto de 2015

Síntese Reflexiva

                                         
                                                 Elaboração de uma Síntese Reflexiva.......


     O momento que passamos para a elaboração da síntese reflexiva, confesso que para mim foi um momento de grande apreensão. Não só porque possuí bastante dificuldade de compreende-la, mas porque apesar das constantes explicações as dúvidas ainda se faziam presentes: ''O que escrever? Que tipo de linguagem usar? Quanto escrever? Após ser revisado como seria ter de mudar afim de melhorar nossa elaboração?''
    Pois bem antes de iniciar a parte escrita dei total atenção ao número de páginas, tamanho da fonte e assim sucessivamente. Por livre vontade, pesquisei sobre as regras da ABNT para que meu trabalho escrito não estivesse muito ''longe'' do padrão exigido dos alunos da UFRGS.
    Alem do que já foi mencionado, foi muito desafiador para mim colocar junto de meus pontos de vista- as reflexões-ou base teórica que as fundamentava. Graças as queridas tutoras Del Carmen e Betynha, com suas incansáveis explicações compreendi e fiz de acordo com o que havia sido pedido.
    Colocar naquelas páginas o que para mim foi importante ao longo deste semestre, foi bem difícil também, pois na verdade TUDO o que vimos FOI IMPORTANTE.Então resumir em oito páginas TUDO foi um tanto complicado.
     Confesso que esta parte escrita foi a mais demorada. Exigiu longas tardes de estudo e concentração... Como boa gaúcha que sou, estas foram acompanhadas de muito chimarrão e pipoca.

 
     Após  realizar a parte escrita então, duas coisas me chamaram atenção. A tutoria estava de ''plantão'' por assim dizer, pois assim como enviamos a primeira versão, rapidamente esta retornou para que fosse realizado os reparos e arrumações.
     Porém a parte da coordenação, acredito que deixou a desejar em certo aspecto. Algumas orientações, principalmente as com relação a formatação da capa, foram dadas a nós menos de seis horas  antes de entregarmos o trabalho pronto. Claro que, todo trabalho deve possuir uma capa, porém esta não deveria ser exigida assim de última hora.
     Bem, ao ver concluída a segunda versão, e esta estar pronta para entregar , o misto de nervosismo e alegria tomaram conta de meu coração. É realmente maravilhoso ver mais uma etapa de nosso Workshop sendo concluída. Logo, logo então iríamos a parte oral- o que foi realmente EMOCIONANTE!!!











         

   

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Aprendizagens Workshop/01

                             Aprendizagens WORKSHOP: Preparação e Organização 
                                                           do Material 

        Após estas férias, chego a conclusão de que terei muito trabalho pela frente.. Já estava com saudades deste nosso canal de ''comunicação'' por assim dizer. Pois bem, minha primeira postagem neste semestre tem a ver com o WORKSHOP de avaliação, pelo qual todos do PEAD foram submetidos no semestre passado! Só uma coisa a dizer sobre ele: EU SOBREVIVI a este riquíssimo meio de avaliação!
      Neste momento se tornou mais tranquilo falar sobre o WORKSHOP, pois com certeza esta experiência se tornou marcante para mim. Acredito que eu, e os demais colegas ''padecemos'' até compreender  ao certo o que era este método avaliativo e o que deveria conter nele. A ideia de passarmos por uma banca, na qual defenderíamos e argumentaríamos nossos pontos de vista era mais que assustadora, pois somos leigos neste assunto e sabemos que, ''bancas'' são comuns no final de uma vida acadêmica e não logo no início.
      Pois bem ao passar este primeiro impacto e susto sobre a responsabilidade deste trabalho, parti em colocar a cabeça pra funcionar e refletir sobre as reais aprendizagens que tive ao longo deste caminho. Para tanto, precisei reorganizar e preparar o material afim de apresentá-lo.
      Partindo do princípio que o Workshop de Avaliação era individual e tinha por finalidade fazer-nos refletir  sobre o processo de aprendizagem- e avaliação- INTERDISCIPLINAR; pensei então nas quatro interdisciplinas, e no que aprendi nelas durante este semestre: mas pensei nelas como peças de um quebra cabeça e em como elas se encaixaram em tudo na construção de meu saber.
      Sob tal enfoque da interdisciplinaridade, revi e reorganizei textos, fóruns, vídeos e em como estes se completavam  e em como estes influenciaram a minha prática docente. Por exemplo: ao pensar em meus próprios alunos,  e muitas vezes não entender o porque de determinadas atitudes e comportamentos, bem como por saber que a educação no Brasil é desvalorizada a todo momento, foi de grande valia entender o porque disso acontecer estudando a teoria. Ou seja, meus alunos possuem certos comportamentos, porque possuem sua CORPOREIDADE, e como profissional preciso respeitar isso. E a educação está indo de mal a pior, pelo simples fato de que a disciplina ''CULTURA E SOCIEDADE'' nos fez compreender que o processo histórico-cultural do Brasil é esse: desmerecimento, dignidade esvaziada, classe dominante massacrando os menos favorecidos e assim por diante. Gente foi emociante perceber tudo isso e entender, vivenciando isso em sala de aula!
      Claro que citei apenas dois exemplos. Mas durante o semestre muito eu aprendi. Como já havia mencionado, para realizar este primeiro trabalho precisei preparar e reorganizar todo material estudado.Para isso, precisei tempo,para reler anotações e polígrafos, assistir explicações bem como debater com outros colegas, para obter diferentes pontos de vista.
     No geral, esta primeira parte ao meu ver foi a mais tranquila, pois '' EU''  fui a autora neste momento. Eu decidi sobre o que falaria. Eu pude chegar a conclusão do que havia sido mais significativo para mim no que se referia ao meu aprendizado individual.
      Em minha próxima postagem falarei sobre os desafios e superações que começaram a surgir a partir da segunda parte de nosso trabalho, que foi a escrita de nossa Síntese Reflexiva.... Aguardem!!!!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Modelos Pedagógicos e Epistemológicos

                            Reflexões sobre Modelos Pedagógicos e Epistemológicos

    Que tipo de cidadão EU quero formar? Confesso que após ler e assistir o material desta semana, essa pergunta me soou diferente.
    Ao analisar os diferentes modelos pedagógicos e epistemológicos percebemos o quanto precisamos reavaliar nossas práticas constantemente.
    Estamos no século XXI,  e ainda se faz presente em nossas escolas por parte de alguns professores, aulas dadas de maneira pronta, com cópias e mais cópias, gritos e regras abundantes. Para tais professores o aluno ''é um nada'', por assim dizer.  O aluno é uma folha em branco, frente a cada obstáculo de sua vida.
    Além de tudo que já foi falado, sob essa epistemologia aqui dito ''empirismo'', nada de criativo e de curioso acontece. Com certeza, afirmo que muitos colegas, mesmo que de maneira inconsciente dão suas aulas dessa forma. Lamentável, pois como sabemos, o futuro dessas crianças depende de uma nova linha pedagógica. Pois como queremos mudanças sociais, políticas e econômicas, se não formarmos seres pensantes, questionadores, capazes de transformar suas realidades?
    Em contrapartida, o ''apriorismo'' segue sua linha epistemológica totalmente contrária a anterior mencionada. Se sob a linha anterior o professor era o ''dono da verdade'', o único que passava o conhecimento, e ao seu ver o aluno não passava de uma ''tábula rasa'', agora sob essa nova abordagem, o professor acredita que seu aluno já nasce com conhecimento. Para tanto, interfere o mínimo possível em suas aulas, pois estando ali ou não o aluno aprenderá igual.
    Com certeza, essa tendência deixa a desejar, porque na verdade, o professor acaba não fazendo o seu papel de interferir no processo de aprendizagem do aluno. E é difícil compreender em que sentido  ''ensinar prejudica o aluno'', como essa tendência defende.
    E o que falar do Construtivismo ou Pedagogia Relacional? Com certeza, até o presente momento, essa se torna a ''pedagogia ideal''. O que podemos esperar de uma sala de aula, do dia dia de um professor construtivista?
   Pois bem, primeiramente o professor levará algum material de maneira prévia, com o intuito de que seu aluno interaja com este material. Na verdade, sob esta perspectiva segue-se a linha de Piaget: assimilação, equilibração e acomodação.
    Enfim, sob o construtivismo professor e aluno irão construir juntos o seu conhecimento, pois este conhecimento não tem fim. Aprendemos a todo instante. A todo momento-até o final de nossas vidas.
    Também o autoritarismo e a preocupação excessiva com conteúdos não se faz presente por parte dos professores construtivistas, pois estes sabem que somente a CONSTRUÇÃO do conhecimento deverá ser valorizada a todo instante.
   Ao analisar estes três modelos pedagógicos e epistemológicos, não me convém julgar cada um deles. Mas uma verdade precisa ser compartilhada: se almejamos mudanças futuras, precisamos rever nosso espaço escolar hoje. Como formaremos seres pensantes, questionadores se não os propiciamos isso?
    Quanto a mim Karina, quero a cada dia melhorar minha qualidade de ensinar. Quero sim, formar cidadãos do bem, capazes, pensantes, questionadores, curiosos. Porém sabemos que a união faz a força, por isso acredito que juntos TODOS de nossa classe precisamos refletir nessa frase: '' Por uma educação que ajude a PENSAR, e não nos ensine OBEDECER.'' Simples assim.  No dia em que TODOS como classe unida, pensarmos e agirmos com o mesmo objetivo, chegaremos em nosso ideal de não apenas transmitir o mínimo de conhecimento, mas permitir que nossos alunos se tornem autores de suas próprias histórias!!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Escola, Cultura e Sociedade.




                                                   Aspectos culturais no Brasil
      Ao elaborar essa reflexão muitos questionamentos. Primeiramente, como é reconhecida nossa cultura fora do Brasil? Que credibilidade temos perante outros países, quando se refere ao tema ''cultura''? Será que nossa Pátria Educadora, como se intitula o Brasil, se importa de fato com aspectos culturais e educacionais? E por fim, como nós individualmente, quer alunos quer professores, nos importamos com este tema, e fazemos jus para nos tornarmos e formarmos cidadãos ''cultos''?
     Ao pensar nessas questões acima levantadas, não vejo com otimismo e positividade as respostas a estes questionamentos. Por que? Vejamos juntos...
    Como é reconhecida nossa cultura fora do Brasil? O nosso país é privilegiado, pois devido seu contexto histórico e colonização a grande variedade de culturas misturadas fazem com que sejamos únicos. Basta olharmos de norte a sul, de leste a oeste a grande miscigenação de povos que aqui vivem. Que de forma pacífica convive. Que torna nossas tradições tão procuradas por alguns. . Porém infelizmente, alguns ainda procuram nosso país apenas em épocas de festividade- como o Carnaval, por exemplo. Não é novidade que durante este período, o turismo sexual se faz tão presente. Inclusive jovens e adolescentes, pela garantia de dinheiro fácil acabam entrando para esta vida. Esta triste realidade, apenas ironia do destino ou o fruto de uma sociedade hipócrita que nunca se importou e proporcionou um novo olhar sobre este tema?
     E o que podemos dizer de uma Pátria que se diz Educadora, porém desvia milhões de reais diariamente de fundos destinados a educação? Sabemos que professores, nossos heróis, não recebem o mínimo de dignidade e respeito em suas jornadas de trabalho. A falta de recursos, merenda, saneamento básico, transporte escolar não são casos isolados; fazem parte da rotina cruel de muitas escolas. Infelizmente, alunos são OBRIGADOS A ESTUDAR, sem um mínimo de MOTIVAÇÃO. Nessas poucas frases citadas acima, conclui-se que nossa pátria não se importa com estes que serão o futuro da nação!
    E o que dizer de nós individualmente,será que nos importamos realmente com este tema, e fazemos esforços para nos tornarmos e formarmos cidadãos cultos? Também não vejo essa resposta, sob uma boa perspectiva. Pois muitos de nós se quer sabemos e compreendemos o que é CULTURA. Isso é lamentável, pois é esta que será capaz de  transformar um povo- uma nação. São as evoluções e o progresso baseadas na cultura que trarão mudanças significativas.
    Precisamos com urgência, rever nosso conceito desta palavra. Afinal CULTURA não é apenas LAZER- ENTRETENIMENTO. Vai muito, mas muito além disso. Cultura é um direito do cidadão, seja ele adulto ou criança.
    Cultura é o ''progresso'', o cuidado, o ''cultivo'' de novos ideais que nosso Brasil carece. O nosso povo carece de um novo olhar político, social e educativo. Nossa sociedade, não pode mais aceitar como normal as barbáries que vem acontecendo a todo instante.
    Precisamos como um só povo- unido, agir para uma REVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICA E CULTURAL. Aí quem sabe, um novo raio de esperança comece a surgir no horizonte!
   
 

domingo, 7 de junho de 2015

Pensando em Corporeidade...

                                                      Corporeidade
       Corporeidade, mente corpórea. O que é isso???
       Confesso que ouvi essas palavras pela primeira vez, na UFRGS, na disciplina do professor Clésio. Ao me referir a estes termos difíceis, mal sabia eu, o grande significado que há por detrás delas.
      Sim a elas, dá-se a entender o corpo em sua utilidade total; ou  a maneira como nosso cérebro reconhece o corpo para se relacionar com o mundo. Assim como um carro, não entendemos o seu perfeito funcionamento, mas precisamos saber pilotá-lo para que um acidente não aconteça. Da mesma forma, precisamos saber ''pilotar'' nosso corpo. Para isso, é necessário entender o que pensamos e como somos disciplinados.
      Ao saber que possuímos um cérebro único, precisamos rever quais são os estímulos e hábitos que temos para sua perfeita saúde e integridade. Não é em vão que por vezes, ele é assemelhado a uma ''máquina'', e por isso é capaz de ler diferentes formas e ângulos, percebendo diferentes estímulos. Cada indivíduo possui um cérebro e cada pessoa entende de forma diferenciada cada estímulo recebido. Cérebros são distintos. Isso faz nos entender o processo de aprendizagem de alguns alunos. 
      Sabendo disso, afirmamos que a CORPOREIDADE tem um papel fundamental na aprendizagem. O que nos leva a aprendizagem é o PROCESSO. Quanto professores então, precisamos parar de ''vomitar'' informações e conteúdos.
       Cabe a nós revermos nossa posição perante a sociedade e nosso aluno. Precisamos PROCURAR novos objetivos. Pesquisar. Escrever. Acreditar. E claro, passar esta ''gana'', esta vontade de aprender aos nossos alunos. 
       Resumidamente, precisamos olhar o fenômeno do aprender sob novas perspectivas, novos autores, novas concepções. O mundo no qual fazemos parte, é dispersivo, temos ele a nossa disposição. Cabe a nós, procurar o essencial!!!!! 

          

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Pro dia nascer feliz....




Pro dia nascer feliz....





      Mais um filme brasileiro que mostra nossa triste realidade educacional. Como acreditar na seriedade de um país que não oferece o mínimo de dignidade para suas crianças em idade escolar?
     Sabemos que a falta de saneamento, higiene, merenda e transporte escolar não faltam somente em escolas isoladas, mas no geral- em sua grande maioria, principalmente nas escolas rurais e de periferia. No filme isso ficou bem retratado, mostrando as regiões norte e nordeste- muito afetadas por este mal.
     Já não bastasse isso, a falta de professores é um problema geral em nosso país. Aqueles que se fazem presentes, estão muitas vezes AUSENTES. A desmotivação, falta de interesse e os desafios que uma sala de aula impõe fazem com que se agrave essa situação.
    Neste momento, voltamos ao que já é falado. Precisamos mudar nossa Educação. As didáticas precisam ser repensadas. Em pleno século XXI,  forma de dar aula é idêntica as do século passado. Tudo evoluiu menos as Pedagogias!
    Vivemos numa sociedade em constante transformação. As famílias de nossos alunos não são mais as mesmas padronizadas encontradas a um tempo atrás. Consequentemente isso se reflete em nossos alunos e em nossa sala de aula. O contato com drogas, violência. problemas familiares e responsabilidades fazem parte do contexto social das crianças desde muito cedo. Podemos dizer que as CRIANÇAS NÃO SÃO MAIS CRIANÇAS.
    A escola precisa acolher seu aluno. Acreditar em seu potencial. Dar suporte aos mais ''difíceis''. Cabe ao professor transformar suas aulas. Acreditar nos seus alunos. Acompanhá-lo em suas dificuldades, fracassos e vitórias. Incentivar. E óbvio para tudo isso acontecer o professor deve QUERER e ALMEJAR tudo isso.
    Temos um grande desafio pela frente. Acredito o mais complicado. Fazer com que nossos alunos tenham gosto de ir para escola. Não vejam este rico espaço apenas como válvula de escape. Não basta ter a ''escola aberta'' nos finais de semana, mas nada agradável para se fazer ali. Precisamos repensar nossa forma de agir e ser como comunidade escolar.  E que após repensarmos, venhamos a tomar medidas cabíveis para que aconteça a tão sonhada TRANSFORMAÇÃO.
    Claro que as mudanças devem começas lá de cima- políticos sérios que também acreditem no poder da EDUCAÇÃO. Para alguns isso é apenas uma utopia, mas para mim enquanto houver vida, haverá esperança!!!


                   

domingo, 3 de maio de 2015

Quanto vale ou é por kilo?

Quanto vale ou é por kilo?







                                           

      Ao assistir este filme, a primeira pergunta que me faço é: ''Quantas Armindas e quantos Ricardos existem em nosso país?''
     Arminda, mulher negra, humilde e que mora na favela. Sonhou e lutou pela sua comunidade, até que lhe foi prometido a inclusão digital na periferia. Ricardo homem branco, classe média alta, que promete muitas coisas, sonega impostos, desvia dinheiro público e vive de promessas. Quanta similaridade com os nossos dias!
      Ao rever a história de nosso país, fica claro o desmerecimento e a postura horrenda por parte da ''elite dominante''. Sobriedade, honestidade, subserviência, imobilidade, dignidade esvaziada- os escravos- os negros, viviam sob tais condições.
      Hoje não é diferente! A única diferença é que a classe dominante massacra não apenas os negros, mas também os brancos, índios, idosos e crianças, trabalhadores que pagam horrores de impostos e que não possuem o mínimo de suas necessidades básicas atendidas pelo governo.
     Clamamos por segurança, saúde, educação e não os temos. Ao mesmo tempo, percebemos grandes desvios de dinheiro público, sonegações, superfaturamentos, e assim sucessivamente. Essa prática já faz parte de nosso cotidiano, e como ficou claro no filme, isso é CULTURAL- histórico aqui no nosso país.
     Em certa parte do filme, um ator diz o seguinte: '' E esse é nosso navio negreiro. Dizem que a viagem era bem assim, só que ela durava dois meses, e o principal o navio ia terminar em algum lugar. Na escravidão a gente era tudo máquina...tudo máquina. Aí eles pagavam o combustível para a gente trabalhar de graça para eles... Agora não..Agora é diferente. Agora a gente é escravo sem dono. Isso diz alguma coisa sobre nosso país...O que vale é ter liberdade para consumir. Essa é verdadeira funcionalidade da democracia''. Que palavras fortes, não? Mas mais forte ainda é sabermos que vivemos em uma DEMOCRACIA onde os pobres são amordaçados. Tudo em nossa volta gira em torno de investimento, lucro....DINHEIRO.
    Vivemos isso. Essa cultura está arraigada em nosso inconsciente. Por mais que digamos NÃO, isso infelizmente faz parte da nossa cultura.
     Isso é muito sério! Já estamos tão acostumados com isso, que nem nos assustamos mais. Podemos até ficar indignados, mas não sabemos o que fazer. Desvios de dinheiro público, fraudes, notas forjadas, contas paralelas EXISTEM  e de forma descarada. Aqueles que eram pra ser nossos representantes- nossos políticos, nos apunhalam pelas costas após receber o voto.
  Esse assunto me dá nojo. Pois como foi lembrado nessa atividade, isso é histórico. Esse comportamento faz parte da CULTURA SOCIAL DO BRASILEIRO.
    Precisamos de REFORMA POLÍTICA ,JUDICIÁRIA E EDUCACIONAL para punir que precisa ser punido. Ajudar quem precisa ser ajudado. e a maior REFORMA que precisamos, é a REFORMA MORAL, REFORMA DE PENSAMENTOS E ATITUDES!
    Tarefa difícil, mas não impossível!!!
    
     
   





sábado, 2 de maio de 2015

E as reflexões continuam....

                              Agentes Revolucionários - Eis o PAPEL DO PROFESSOR
             Quanto conhecimento acumulado ao longo desse meio semestre. Hoje compreendo a veracidade de uma ditado que minha mãe sempre dizia: '' A única coisa que não se tira de uma pessoa é o CONHECIMENTO.'' Como ao longo dessas semanas, concordo com isso e já mudei de opinião e pensamento.
         As leituras, trocas de experiência e a visão de mestres me tem motivado a acreditar em mudanças.
    Na penúltima leitura, li algo que classifica o professor como um ''AGENTE REVOLUCIONÁRIO''. Vocês como eu, imaginam o poder que temos então?
         De acordo com certo dicionário a palavra AGENTE significa QUE EXERCE ALGUMA FUNÇÃO\ PRODUZ ALGUM EFEITO. E a palavra REVOLUCIONÁRIO significa QUE FAZ A REVOLUÇÃO- FAVORÁVEL A TRANSFORMAÇÃO- INOVADOR.
         Quanta responsabilidade possuímos. Precisamos nos unir em busca de respostas e ideias. Precisamos ser inovadores. Nos TRANSFORMAR.
              Parece bobagem isso que idealizo. Afinal, como pensar em transformação num país que vive da corrupção, da esperteza e é tachado culturalmente como um povo ''que tenta tirar vantagem de tudo''. Esse exemplo é o que recebemos das autoridades.
            Que tristeza sinto em meu coração ao refletir e chegar a essa conclusão. Ao mesmo tempo, parece que os poucos que querem revolucionar são barrados e agredidos pela classe dominante. Percebemos isso, pelo que fizeram com nossos professores e colegas do Paraná  esta semana.
             Acredito que o primeiro passo para revolucionar, é TODOS PROFESSORES, digo TODOS- de norte a sul, de leste a oeste se UNIR. Buscar mudanças, lutar por aquilo que tanto idealizam. Precisamos mostrar aos governantes o poder que temos como classe trabalhadora. O que me parece, é que nós não acreditamos na gente mesmo.Talvez pela desmotivação, pela falta de ética por parte de alguns colegas ou até mesmo pelo excesso de preocupação e incomodação. Nós paramos de acreditar em nosso poder!
          Está na hora dessa classe sofredora ACORDAR. ACREDITAR. Precisamos REFAZER NOSSA EDUCAÇÃO. Precisamos PARAR DE SEGUIR A MAIORIA QUE NÃO ACREDITA MAIS EM SEU POTENCIAL.
                 Cabe a nós, os que se intitulam, SERES REVOLUCIONÁRIOS LUTAR. Voltar a acreditar em sonhos e ideais. Por mais difícil que seja, NÃO PODEMOS DESISTIR. Quem sabe assim, um dia essa utopia se torne realidade!!!

domingo, 26 de abril de 2015

Aspectos Culturais e Escola

                                                           Escola e Cultura

    Quantas reflexões possuo essa semana após ler e assistir o material da interdisciplina '' Escola, Cultura e Sociedade''. Achei as leituras um tanto complicadas, pois ali consta inúmeros autores e idéias que para mim são muito novas. Mas após abrir a mente para tentar compreender o material estudado, muitas idéias e reflexões agora tenho a lhes passar.
     Sabemos que a escola é um local importantíssimo para as interações sociais. É ali que as primeiras amizades serão feitas, as primeiras disputas serão resolvidas, enfim é ali que os primeiros laços serão estabelecidos. Talvez nós que fazemos parte desta comunidade, não nos damos conta de quão importante é esse espaço no que diz respeito a influência cultural para os demais que ali pertencem (no caso alunos).
     Precisamos fazer deste espaço um lugar mais aberto ao diálogo, as discussões. Um lugar que forme seres pensantes. Seres que acreditem num lugar melhor. Precisamos mudar nosso dia dia de sala de aula. Quando falamos em mudar, quero dizer, parar de centrar nossa atenção apenas no conteúdo e nas notas.
     Nossos alunos se encontram em pleno processo de desenvolvimento físico, mental, cognitivo e social. Precisamos então, com urgência, rever nossa prática pedagógica.... Propor debates, feiras, atividades que desenvolvam o senso crítico dos alunos e façam eles adquirir opinião própria. Precisamos formar PENSADORES  e não REPRODUTORES de um Sistema.
     Ao pensar nisso e rever minha prática pedagógica, chego a conclusão que de por vezes trabalhamos a influência cultural de povos apenas em datas relacionadas a isso. E como sabemos, passamos o saber superficialmente. Podemos salientar aqui, o Dia do Índio, quão grande a riqueza cultural deste povo, porém, lembramo-nos de falar deles em aula somente nos dias que antecedem o 19 de abril, e muitas vezes passamos a impressão aos alunos, de um povo simples que não progrediu social, profissional e tecnologicamente. Que erro que nós docentes cometemos ao fazer isso!
     Ao falarmos nos aspectos culturais e na multiculturalidade de nosso país, sabemos que convivemos em uma sociedade que vive em harmonia dentro do possível, porém o preconceito está ''entrincheirado'' dentro dela.  O ''diferente'', é visto e excluso. Ao pensar no que é ser diferente, falo do que a mídia coloca como estereótipo de exemplo. Dentro desses, falo do gordo, do negro, do estrábico, e assim por diante. Fala-se muito em igualdade, mas pouco se faz para ter condições iguais a todos. Infelizmente até hoje presenciamos o ''racismo escondido''. Dentro das escolas, faz-se a campanha contra o ''bulling'', mas sabemos que desde muito cedo esses comportamentos fazem-se presentes.
     Graças a ''minoria excluída'', existem grupos que desejam o reconhecimento de sua identidade, direitos e dignidade. Não apenas querem ser reconhecidos mas lutam por isso. Acredito que, se essa temática for trabalhada nas escolas desde cedo, não apenas com os alunos, mas também com a comunidade, muita coisa seria aos poucos mudada. Presenciamos nas aulas de faculdade, temas polêmicos, que são analisados, pesquisados e discutidos. Nas escolas públicas, discussão e opinião não fazem parte dos conteúdos, e por isso não são esmiuçados.
    Resumidamente, precisamos o quanto antes mudar. Não o aluno se adaptar a escola. Mas sim, a escola de adaptar ao aluno.  Precisamos rever o aluno que está em nossa comunidade escolar. Precisamos querer mudar nossa forma de dar aula. Mas enfim, precisamos ACREDITAR nessas mudanças e QUERER fazer diferente. Numa das citações do polígrafo, diz que '' somos agentes revolucionários''... Revolução..Nossa EDUCAÇÃO COMO UM TODO PRECISA SER REVOLUCIONADA... Porém precisamos juntar forças para que isso aconteça!
   
   

sábado, 18 de abril de 2015

                                                               História Docente


   



Atualmente como já mencionado, trabalho na Rede Estadual de Educação, com uma jornada de 40 horas semanais. Este ano, estou com duas turmas de Terceiro Ano do Ensino Fundamental. Somando as duas turmas tenho 54 alunos com idade entre 8-9 anos.
Ao ler sobre o PPP da escola, fica claro e têm-se como objetivo '' formar seres dinâmicos, responsáveis que construam seu conhecimento de forma consciente e capaz. Por isso, atuamos na formação de valores espirituais, morais, estéticos e materiais. A E.E.E.F. Padre Jaeger busca construir uma nova escola, com uma proposta pedagógica comprometida com a realidade do aluno, privilegiando sua autonomia, responsabilidade e cidadania''.
Sabendo disso, nas minhas aulas, procuro ser um exemplo de postura para eles. Centrando sempre no respeito  as suas realidades, e tentando compreender o porque de alguns terem certas atitudes.
Apesar da pouca experiência em sala de aula, estou aos poucos tentando fazer da ''troca'' de saberes um ideal. Partir daquilo que meu aluno sabe. Levar em consideração o seu raciocínio. Em certos momentos durante a aula, tinha a tendência de ser mais ''TRADICIONAL'', por assim dizer. Porém o conteúdo já estudado, está abrindo minha mente afim de fazer mudanças.
Quanto a falar da aprendizagem de meus alunos, procuro ser OBJETIVA nos meus planos de aula.Preparo minhas aulas sabendo onde quero chegar e porque quero chegar ali. Para isso, busco enxergar o ''contexto'' de onde estou inserida. Preciso pensar no meu aluno individualmente: de onde ele é, de que família ele vem e porque quero que ele aprenda aquilo.
Uma das coisas que parei- erradiquei de minha prática pedagógica foi a de seguir a maioria que prefere e escolhe o ''caminho mais fácil. Penso comigo: ''não é preciso estudar Paulo Freire para ver o quanto alguns colegas professores estão equivocadas em seu processo de ensinar. Não cabe a mim julgar. Mas sim FAZER O DIFERENCIAL.
A  avaliação de acordo com o PPP:''observa o desempenho do aluno afim de buscar a melhor qualidade de ensino. Para tanto do 1 ao 3 ano do Ensino Fundamental é realizado PARECER DESCRITIVO, e a partir do 4 ano NOTAS. Com recuperação paralela. Para aprovação o aluno necessita somatório de 60 pontos''.
Quanto a esse aspecto, após analisar alguns materiais já relacionados ao nosso curso posso dizer que a avaliação- a forma de avaliar- precisa ser repensada. Acredito que a INTERDISCIPLINARIEDADE deve ser mais intrínseca nas escolas. Até o presente momento, avaliamos individualmente cada disciplina. Com a mente mais aberta, e questionamentos tenho a certeza que cada dia que passa quero me TRANSFORMAR. 
Quanto a minha forma de avaliar, estou tentando não me deter no resultado final e sim no ''processo'' em que ele constrói seu conhecimento. O que tem me ajudado muito são as anotações diárias que visam enriquecer este ''fazer avaliativo''....













   

quinta-feira, 16 de abril de 2015

                                          Memórias...Quem sou eu???
     Olá me chamo Karina Huller Miranda, tenho 28 anos e sou natural de Porto Alegre. Sou mãe de um lindo menino, esperto, querido e muito inteligente. Ele tem cinco anos. Eu sou uma pessoa simples, carismática e muito ansiosa. Tenho tantas coisas para falar com relação a mim mesma e minha docência... Então, vamos lá???
     Posso dizer que desde pequena, tinha o sonho de ser professora. As minhas professoras para mim sempre foram algo do tipo, 'heroínas''. Me gabava em cada data especial fazer cartinhas e dar lembrancinhas a elas. Fui crescendo e quando iniciei o segundo grau ( Ensino Médio), cursei na E.E.E.N. Primeiro de Maio o antigo curso Normal. Acontece que adorei! Porém devido a falta de experiência e imaturidade, quando fui para meu estágio final curricular me assustei pois peguei uma turma de Progressão bem difícil. Na época foi impossível de realizar esse estágio, hoje com certeza tiraria de letra.
     Pois bem, há doze anos atrás desisti do sonho de ser professora e eis que novos caminhos trilhei a partir de então.
     No ano de 2005, conheci o meu ex-marido e pai de meu filho. Naquele tempo ''acreditei no amor'', e em nome deste desisti de muitas coisas. Mas claro precisava de uma profissão. Por minha mãe trabalhar na área da Enfermagem a muitos anos, esta me aconselhou a fazer o Curso Técnico de Enfermagem. Fiz! Exerci a profissão e ODIEI. Vivia deprimida. Mas por necessidade trabalhei, e a experiência e conhecimento que ali obtive me acrescentaram e muito.
     E o tempo foi passando, casei e dessa relação tive meu maior tesouro. Meu filho..Minha vida... Quando o meu bebê tinha cinco meses me separei do até então meu marido. Novos desafios a partir de então. Entre eles foi pensar no que faria dali pra frente. Afinal tinha um ser indefeso pra sustentar.
     Não sei o que teria sido de mim, naquele momento se não tivesse recebido o apoio de minha família. Em especial a minha amada mãe. Ela que me deu a ideia e oportunidade de voltar a estudar e fazer o Curso de APROVEITAMENTO DE ESTUDOS DO MAGISTÉRIO. Foi quando voltei a escola Primeiro de Maio, para então obter essa formação.... E como podem ver, hoje aqui estou. Formada professora!! Apaixonada pela arte de ensinar, Ciente que os desafios são diários, mas as recompensas são muito maiores que estes desafios...
     Fiz meu estágio Curricular em um terceiro ano do Ensino Fundamental. Eram alunos de baixa renda que estudavam em uma escola de periferia. aqui mesmo em Porto Alegre. Naquelas quatrocentas horas de estágio mais aprendi do que ensinei.
     Após formada como professora e apenas com magistério, as ''oportunidades'' de emprego eram escassas, Por precisar trabalhar, comecei como auxiliar de turma numa Escolinha de Educação Infantil. Esta faixa etária não era meu ideal. Mas como precisava do dinheiro para meu sustento. Fui aguentando e no ano de 2014, entrei como professora da Rede Pública Estadual com 40 horas semanais. Ali estou até hoje, na E.E.E.F Padre Jaeger. Ano passado trabalhei com quarto ano e este ano estou com duas turmas de terceiro.
     O que falar sobre minha docência?
     Estou passando um período bem difícil, pois estou em licença saúde no momento. Sofro de Síndrome do Pânico, na qual estou em tratamento. Essas crises vem e vão na mesma intensidade. Agora voltaram com tudo, pois minha mãe está realizando muitos exames, e apareceu algumas coisas ruins, isso está tirando meu chão, por assim dizer.
     Sei que tudo são fases. Isso logo passará. Exerço minha docência com amor. Sinto gosto de me doas aos ''meus'' pequenos. Eles me ensinam tanto!! Não existe alegria maior, em ver olhos brilhar ao conseguir compreender um pouco do que se passa ao seu redor. Ser professora para mim é MARAVILHOSO. Como já mencionei, temos desafios diários. A crescente falta de respeito por parte de alunos e familiares, o baixo salário e a falta de recursos e condições de trabalho nos deixam de mãos atadas e muitas vezes desmotivadas. Apesar disso, procuro centrar minha atenção nos benefícios e no valor pessoal que ganho diariamente como professora.
     Sou uma pessoa medrosa. Tenho medo. Medo de perder as pessoas que amo. Medo de ver meus pais e familiares sofrerem por alguma doença. Ah, e tenho muito medo de dentista também. Mas o que me causa mal estar em pensar e me dá um ''medão'' é pensar no que nosso futuro, nossa nação, nossa educação se tornará se não tomarmos medidas cabíveis para mudar e transformar nossa realidade.
     Ao mesmo tempo sou sonhadora. Acredito que só vou parar de sonhar o dia em que morrer. Creio que chegará um dia em que governantes se darão conta do valor que um professor possui. Passando então a dar melhores condições de trabalho e de salário também.
     No momento que estou vivendo agora, meu único desejo é ver minha mãe saudável novamente. Ser aquela pessoa forte e aguerrida que sempre foi. Se conseguir isso, já me vejo feliz!
     Meus projetos de vida nos próximos anos, é melhorar meu quadro de saúde, voltar a sala de aula e INOVAR. Até agora, a pouco tempo tinha aspectos da Pedagogia Tradicional muito arraigada em mim. Embora o pouco tempo já cursado, as leituras e trocas de experiências, cheguei a conclusão que preciso MUDAR. Ser mais FACILITADORA, ser SEMEADORA DE SONHOS. Ser exemplo de motivação para a comunidade escolar, afim de que esses mudem e acreditem em uma nova sociedade.
     Por mais difícil que possa se tornar essa caminhada ao longo dos próximos quatro anos, tentarei até o último instante NÃO DESISTIR.
     Este lugar aqui me orgulha muito. Nunca me imaginei estar estudando em uma das melhores universidades de nosso país. Quando pensa em estar na UFRGS, e olhando nossos mestres- estes me impulsionam- em crescer- aprender cada dia mais, mais e mais.
     O que me move vir aqui?
      Sei que um leque de oportunidades virão com essa formação. Talvez salários melhores. Mas o que move de verdade, é acreditar em mudanças. Acreditar que boas coisas acontecem. ACREDITAR!! Sim e fazer minha parte para que tudo isso aconteça. Se verei os resultados não sei, Mas o importante é saber que enquanto viva MARQUEI pessoas. Marquei vidas. Dei o meu melhor!!! Simples assim.... Consciência tranquila e a certeza de que fiz o que deveria ser feito é o que realmente importa!!!!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Porfólios de Aprendizagem.

                                                        Portfólio...

     Portfólio! Ao falar essa palavra, faço alusão a Educação Infantil. Sim porque na Educação Infantil usa-se isso como instrumento avaliativo. Ao me deparar com essa modalidade agora no Ensino Superior está sendo uma grande surpresa.
     Ao ler, reler e pesquisar percebemos o quanto é rico e diferenciado este meio avaliativo. Este portfólio busca não uma pontuação de resultados, e sim o processo de construção do saber. E é neste instrumento que constará e marcará a ''trajetória'' do que foi aprendido.
     Sob que ''norte'' o realizamos? Reflexão, análise, auto- avaliação e objetivos traçados de onde se quer chegar. Chegaremos nesse ponto com muitos questionamentos( inclusive questionamentos internos), discussão, análises e por aí vai.
     Em minha escola, onde exerço a docência não se trabalhava até então com o uso dessa ferramenta de avaliação. Permeia-se a forma mais tradicional, que é a passagem do conteúdo, e logo em seguida através de provas ver o quanto o aluno aprendeu.
     Porém hoje, mais a par do assunto, compreendendo como é realizado este portfólio, chego a conclusão de que a avaliação constante, onde mostra a trajetória do saber que o aluno adquire, amplia não só a visão do aluno mas também a nossa quanto educadores. Isso porque é através do diálogo, das propostas, das dúvidas e situações práticas que  iremos perceber o que SE SABE, o que NÃO SE SABE  e o que SABE-SE PELA ''METADE'' por assim dizer. Com certeza uma nova forma de avaliação dinâmica, e acredito que com o tempo muitos professores serão adeptos a esta nova forma de avaliar.
     Estou muito feliz em iniciar os trabalhos de PORTFÓLIO, realizando o meu individual. É bom poder me avaliar e auto-avaliar. É bom poder através de reflexão afirmar: ''Não compreendo''. Através de um novo olhar, com ajuda de tutores e mestres, os conteúdos por vezes sendo explicados mais de uma vez, e idéias sendo refeitas  e repensadas saber que o conhecimento nunca terminará.  Podemos dizer: ''Um ponto final sempre será o começo de um novo parágrafo''.
     E o que falar quando lembramos de INTERDISCIPLINAS? Sabemos que este portfólio também nos dará a oportunidade de integrar diversos conteúdos ao longo de determinado tempo. O conhecimento é INTEGRAL- FAZ PARTE DE UM TODO, então por que avaliamos em MATÉRIAS INDIVIDUAIS? Será que o resultado é mais importante do que o processo? Questionamentos!!! Muitos questionamentos me surgem agora!! Tenho convicta certeza  de que muitas coisas precisam ser repensadas quanto a Educação. Precisamos QUERER VER! Precisamos QUERER MUDAR! Precisamos PARAR DE SEGUIR A MAIORIA que prefere seguir o caminho mais fácil!
     Ser professor realmente NÃO É PARA QUALQUER UM! Precisamos OUSAR, ACREDITAR EM MUDANÇAS! Talvez começar a olhar nosso aluno como um ''todo'' não como um ''número''. Hoje o aluno bom é aquele que tira nota 10. Mas por que aquele aluno que tenta, pergunta, faz e refaz, persiste, cansa sua mão usando a borracha afim de apagar seu erro, mas que tira nota 5 ou 6 não é visto como tão bom assim?
     Precisamos nos reavaliar URGENTE! Afinal, estamos perdendo nosso aluno pela falta de motivação. Alguns alunos desistem pois tentam, e nós por estarmos tão infiltrados na Pedagogia Tradicional NÃO reconhecemos seus esforços. Acabamos rotulando-os como ''preguiçosos'', ''burros'' e por aí vai!!
     O portfólio nos ajudará até mesmo quanto a isso. Mudar a maneira de vermos nosso aluno. Acredito que ao passo que realizar o meu portfólio de avaliação, seguirei adiante e farei junto de meus alunos seus portfólios também. Uma nova forma de avaliação, que mostrará uma nova forma de avaliação ousada, complexa, constante, processual, que permeará e motivará muitos alunos e docentes!!!



terça-feira, 31 de março de 2015

Seminário Integrador: Retratos da Escola

                                                  Olá gente!
     Quanta coisa tenho para refletir ao falar do primeiro trabalho de avaliação: RETRATOS DA ESCOLA. 
     Ao fazer este processo reflexivo muita coisa vem em minha cabeça. Como já falado no trabalho, entrei nessa escola dia 07/04/2014. Ao entrar ali fui muito bem recebida e foi amor a primeira vista.
     Quando iniciei esta tarefa de realizar o ''retrato'', conhecia a escola superficialmente. Para mim, foi de grande proveito realizá-la apesar das dificuldades. Ao ler mais sobre a história dessa escola, seu Projeto Politico Pedagógico, suas diretrizes, sua filosofia e assim por diante- abriu-me os horizontes. A  visão positiva e o sentimento especial que eu já possuía por esta escola aumentou muito.
     Primeiramente, não podemos falar no Retratos da Escola, sem antes falar no grande desafio que foi aprender a mexer no Pb Works. E pensem em desafio! Além de ser toda plataforma em inglês e eu não ter conhecimento desta língua, fiquei por vezes confusa até compreender o que era o tal de diário de bordo e planejamento. O que deveria constar em cada uma das páginas. Claro que, depois de compreender isso, as coisas foram se tornando mais fáceis. Mas também lincar mapas, sites, vídeos e fotos foi de imensa dificuldade. Precisei nesse momento do desafio, acreditar em meu potencial e  perder a vergonha de por inúmeras vezes ''incomodar'' as tutoras de plantão. Digo incomodar, porque sou muito ansiosa, e então era dia, noite, madrugada, sábado e domingo; via telefone ou internet PERGUNTAVA...QUESTIONAVA... Falava com vários tutores ao mesmo tempo afim de tentar compreender ao máximo o que foi exigido nesse trabalho. Quase sempre queria a resposta na hora,  e então por não aguentar até o dia seguinte, acredito que  talvez cheguei a atrapalhar essa equipe de ''anjos'' que sempre me atendeu com paciência e educação!
     Ao pensar na Escola Padre Jaeger, impossível não levar em consideração como ela é considerada pela comunidade: '' uma escola família''. É assim que eu a vejo, e ao refletir sobre o vídeo e rever ele nesse momento, isso fica muito claro. Uma escola aberta ao diálogo, uma escola que planta sonhos e acredita em mudanças. Uma escola que  respeita e acolhe o ''diferente''. Uma escola com um ideal: Formar seres pensantes. Formar pessoas capazes de questionar e acreditar que mudanças acontecem. Formar seres que compreendam que a única arma capaz de mudar uma sociedade é a educação.
     Com certeza, realizar esse primeiro trabalho de avaliação, foi muito importante. Enriqueceu-me como pessoa. Esses  momentos de reflexão, sistematização, meta reflexão, superação e descobertas
deveriam ser realizados com mais frequência. Deveriam ser o princípio norteador de nossa prática pedagógica e vida docente. Ao realizar essa atividade cheguei a conclusão do quão importante é olharmos para nós mesmos, não apenas ao querermos nos avaliar profissionalmente, mas individualmente... como pessoas...como seres humanos. Nosso olhar crítico a respeito daquilo que nos cerca, nos leva a mudanças, mudanças significativas que só tem a nos acrescentar e nos levar ao ápice de um pleno desenvolvimento.
     No que se trata de ter um ''outro olhar'' a partir do que vivenciamos e pretendíamos mostrar em nosso Retrato, posso dizer que consegui chegar no meu objetivo, mostrar o diferencial  da Escola Padre Jaeger. Com um currículo extenso e participativo, buscamos oportunidades de interações. Essas são realizadas através de oficinas, brincadeiras, saraus, atividades festivas  com o apoio da comunidade. Zelando por isso, posso dizer que com este olhar mais aprofundado que a atividade Retratos da Escola me proporcionou no ano de 2015,   cresceu a vontade vontade e a criatividade de fazer algumas atividades artísticas. Por exemplo, as turmas do nono ano apresentaram a peça de Teatro 'Menina Bonita do Laço de Fita, em comemoração a Páscoa. Logo em seguida uma das alunas vestiu-se de Coelha e ajudou a entregar os ninhos para as crianças menores.  Sempre me achei zero a esquerda em fazer estes tipos de trabalho, e nunca dei muita importância para isso. Mas ao refletir sobre minha docência e quanto isso é importante para os alunos, me ''puxei'' e fiz algo que para mim foi superação e  para eles motivo de alegria. Seguem algumas fotos para comprovar e para mostrar o quanto isso me realizou!
   
                                







         Esta ampla visão que o curso já está me proporcionando, bem como a troca de experiências que temos com nossas colegas professoras,  está mudando muito meus conceitos quanto a determinadas situações pedagógicas. Confesso que, sempre fui um pouco relapsa no que se refere a mudanças.  Por falta de motivação ou por seguir a maioria, acabava muitas vezes repetindo erros no que se refere a docência. Talvez  por aquele sentimento de ''ser mais fácil'', acabava dando quase sempre aulas prontas, sem o cuidado de preparar o aluno para o que aprenderia. Acabava simplesmente dando atividades no quadro ou em folhinhas, sem mostrar o real valor daquilo.Também passava o conteúdo de forma automática. Não questionava-os para ver o que eles já traziam de conhecimento relacionado ao assunto apresentado.  Quando o professor Rafael Arenhaldt nos mostrou o vídeo de Saramago: ''Ensaio sobre a cegueira'', e a professora Cíntia Boll nos mostrou e explicou  a importância do ''aprofundamento do olhar'', comecei a repensar minhas atitudes frente aos meus alunos. Entre algumas frases faladas em aula, algo que me chamou atenção foi o seguinte: ''PRECISAMOS QUERER VER''. Essas palavras ficaram tão gravadas em mim, que a partir daquele momento, DECIDI REVER COM MAIS CARINHO MINHA PRÁTICA PEDAGÓGICA e A COMUNIDADE ESCOLAR QUE ESTOU INSERIDA.
      Neste momento, quão importante foi a realização deste trabalho sobre o Retratos da Escola. Ao fazê-lo fiz com carinho. Com vontade. Tendo um olhar diferenciado. Procurei olhar de forma respeitosa aquilo que me cercava. Ao mesmo tempo o olhar crítico. Procurei mostrar as coisas boas, porém dei minha opinião quanto o que não está tão bom assim. O que precisa ser modificado. Também comecei a me criticar construtivamente para compreender e reafirmar para mim mesma QUEM SOU EU??QUE TIPO DE PROFESSORA SOU: APENAS MAIS UMA??? . Qual o papel que eu devo desempenhar ao meu público? Que marcas quero deixar daqui pra frente em meus alunos? Que tipo de aula gostaria de ter tido quando tinha a idade deles? Como gosto de ser tratada? O que posso fazer para ter a família mais presente afim de acompanhar a vida escolar dos filhos? Vocês não imaginam o quanto esses questionamentos nortearam minha rotina dali pra frente!!